27 de outubro de 2010
E se existir uma quebra do Ciclo?
Nos dias de hoje deparamos com a dependência de um consumo cíclico. O Sistema Monetário está basicamente dividido em Empregado, Consumidor e Empregador.
O Empregado cumpre certas tarefas para o Empregador em troca de um “Salário” ou pagamento monetário, enquanto que o empregador vende bens ou serviços ao Consumidor por um “Lucro”- outra classificação para pagamento monetário.
Por sua vez, o Empregador e o Empregado funcionam como Consumidores, pois os pagamentos monetários (“salário” e “lucro”) que eles obtêm, são usados para comprar bens e serviços relevantes para a sua sobrevivência.
O acto de adquirir bens e serviços, que é o papel do Consumidor, é o que permite ao Empregador obter o seu “Lucro” ao mesmo tempo que torna possível o pagamento do “Salário” do Empregado.
Por outras palavras, é a necessidade de ‘Consumo’ perpétuo que mantém o negócio do Empregador em funcionamento e garante o emprego ao Empregado.
Entretanto, é importante compreender que este ciclo de pagamento-consumo (ou “consumo cíclico”) não pode parar, ou toda a estrutura económica entraria em colapso, porque o dinheiro não chegaria ao Empregador e este não poderia efectuar o pagamento do Empregado e tanto o Empregador como o Empregado não poderiam perpetuar o ciclo ao serem Consumidores.
Transportando este ciclo para a económica Portuguesa, fácilmente podemos adivinhar o seu Futuro. Com as medidas apresentadas pelo Governo (não estou contra, apenas acho que devia ter alguns ajustes) a perda de poder de compra é inevitável e o desemprego irá aumentar consideravelmente.
Para fazer face á perda de lucro, alguns dos empregadores vão actuar com medidas drásticas como o despedimento de trabalhadores em vez de tentarem procurar outras soluções, apostarem na inovação seria uma delas, ou na redução de gastos com transportes e materiais eléctricos, na redução das horas de trabalho e salário evitando os despedimentos, ou fazendo uma analise detalhada do mercado e da concorrência.
Algumas pessoas acreditam que esta quebra de ciclo pode trazer novas ideias, inovação no sistema, tornando menos dependente... Eu tenho as minhas dúvidas, pois uma independência de um ciclo tão restrito será completamente utópica e quanto à inovação, bem alguns vão apostar nela, mas muitos vão ficar pelo caminho.
Baseado no Guia de Orientação do Activista
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